Um argentino de 28 anos, morreu nesta sexta-feira (23), após oito dias internado num hospital da província de San Juan em virtude de ferimentos provocados por uma apunhalada no peito. A mulher da vítima, de 23 anos de idade, foi presa como principal suspeita do crime. As informações são do jornal local La Nación.
O caso de violência ganhou ainda mais repercussão na Argentina, depois que familiares do homem revelaram que a vítima chegou a ir a uma delegacia local para denunciar a mulher por agressão anteriormente. Na ocasião, porém, os policiais lhe teriam dito: “Não seja um maricón” – algo como marica, afeminado ou homossexual, em português. Ele acabou deixando o local sem prestar depoimento.
A mãe dda vítima, que não teve o nome divulgado, disse, segundo o jornal local Clarín, que a nora costumava dar cabeçadas em seu filho e que um destes golpes lhe havia causado uma fratura no septo nasal. “Ela não está louca. É uma pessoa centrada, que planejou matá-lo”, acusou.
Familiares e amigos do homem endossaram a versão da mãe da vítima e falaram que o casal tinha um histórico de conflitos e atos de violência. A chefe da vítima teria inclusive incentivado ele a denunciar a esposa ao vê-lo chegar para trabalhar com ferimentos. Ao seguir seu conselho, porém, acabou chamado de “maricón” pelos policiais.
A suapeita acompanhou o homem quando ele foi internado no hospital após ser apunhalado no peito na semana passada. Segundo ela, o ferimento foi fruto de um acidente enquanto ele tentava arrumar a maçaneta de uma porta com uma faca. A família do homem, porém, desconfiou e relatou à polícia os casos anteriores de agressão da mulher.
De acordo com informações do La Nación, outro jornal argentino, a versão da suspeita, se tornou ainda mais suspeita depois de o corte ter sido diagnosticado como muito profundo para um possível acidente como aquele. Além disso, exames apontaram lesões no rosto, no couro cabeludo e nas costas do homem.
Para completar, uma perícia foi realizada na residência do casal e encontrou as portas em perfeitas condições. Diante das evidências, a mulher foi detida por ordem do juiz Benedicto Correa, acusada de homícidio. O La Nación afirma que ela está grávida da vítima, com quem havia oficializado a união há poucos meses.
Os dois já eram pais de uma menina, e o medo de se afastar dela seria o motivo para a vítima não se separar da mulher apesar das agressões que sofria. A divulgação do caso provocou uma “invasão” no perfil da suspeita no Facebook. Pessoas a chamam de “assassina” e cobram que ela fique muito tempo na prisão. “Você destroçou o sonho de um homem e de toda uma família”, escreveu uma internauta.
Já uma irmã da vítima, usou a mesma rede social para postar uma homenagem: “Uma parte nossa se foi com você e outra parte sua fica conosco. Não esperava que fosse assim. Te acompanhei até o último dia e esta é a minha paz. Que Deus cuide de você enquanto nos espera aí em cima”.