A lesão de Pedro parecia ser o momento perfeito para Gabigol reconquistar seu espaço como artilheiro principal do Flamengo. Contudo, a realidade mostrou um cenário bem diferente para o camisa 99.
Em vez de ser a primeira escolha de Tite para a posição de centroavante, Gabigol tem visto Bruno Henrique e o Carlinhos serem preferidos nas partidas mais recentes. O futuro do ídolo rubro-negro no clube, que já era incerto, parece se encaminhar para um fim melancólico.
Mudanças no ataque após a lesão de Pedro
Quando Pedro sofreu a lesão grave, muitos esperavam que Gabigol fosse o substituto natural. A diretoria, inclusive, optou por não buscar novas contratações, apostando nas peças que já estavam no elenco.
O vice-presidente de futebol, Marcos Braz, reforçou a confiança em Gabigol e nas outras opções:
“Temos mais três centroavantes no elenco: Carlinhos, Gabigol e o próprio Bruno Henrique… Sempre confiou. O próprio Gabigol em três finais de Libertadores fez gol em todas, nos deu dois títulos.”
Apesar das palavras de confiança, o que se viu em campo foi diferente. Bruno Henrique foi o escolhido para iniciar os dois primeiros jogos após a lesão de Pedro, e quando Carlinhos, que não está inscrito na Copa do Brasil, voltou a estar disponível, ele foi a opção preferida antes de Gabigol.
Tite justificou suas escolhas destacando o desempenho de Carlinhos e Bruno Henrique nos treinos e jogos, mencionando as atuações decisivas de ambos:
“Carlinhos decisivo contra o Bolívar, contra o Atlético-MG… BH decisivo contra o Bahia.”
Gabigol, por sua vez, teve participação limitada. Nos dois jogos mencionados, ele entrou no segundo tempo, somando apenas 38 minutos em campo.
Contra o Bahia, sua entrada ocorreu já na parte final da partida, e ele não atuou na posição de centroavante até os minutos finais. Essa sequência de escolhas evidencia um declínio na confiança do técnico no camisa 99, que parece estar, de fato, no fim da fila entre os atacantes.
Tática de Tite não favorece Gabigol?
Além de perder espaço na disputa por minutos, o papel de Gabigol em campo também mudou. Em vez de ser o centroavante clássico, ele foi utilizado em outras posições, como um jogador mais recuado ou ao lado de outros atacantes.
Esse reposicionamento pode estar relacionado à visão da comissão técnica sobre o seu melhor encaixe no esquema atual. A ideia é utilizá-lo como referência central, com meias criativos como Arrascaeta ou Alcaraz por trás, ou então em uma dupla de ataque. No entanto, o fato é que essas formações não têm sido favorecidas nos jogos mais recentes.
Próximo dos 300 jogos, mas longe de um final feliz
Gabigol está perto de atingir a marca de 300 jogos com a camisa do Flamengo, mas há poucas razões para comemorar. Com 296 partidas, ele já soma 157 gols, 44 assistências e 12 títulos pelo clube, incluindo duas Libertadores e dois Campeonatos Brasileiros. Contudo, a trajetória que parecia promissora agora dá sinais de uma despedida sem o brilho esperado.
Pessoas próximas ao atacante afirmam que ele estava motivado para aproveitar as chances de ter mais minutos em campo nesta reta final de temporada. No entanto, nas últimas semanas, Gabigol tem demonstrado menos entusiasmo nos bastidores, sem reações marcantes às oportunidades limitadas. Dentro do clube, muitos já consideram sua saída em dezembro como algo certo.