O baiano Isaquias Queiroz, que já era consagrado como um dos maiores nomes do esporte brasileiro, conquistou mais uma medalha olímpica nesta sexta-feira (9), ao garantir a prata na prova do C1 1000m nos Jogos Olímpicos de Paris. Com essa conquista, ele se torna o primeiro brasileiro a alcançar cinco medalhas olímpicas na canoagem, juntando-se a ícones do esporte aquático nacional como os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael.
Agora, Isaquias está atrás apenas de Rebeca Andrade, que com seis medalhas, se tornou a maior medalhista olímpica do Brasil.
O caminho até a medalha
A trajetória do canoísta até a medalha de prata em Paris foi marcada por uma semifinal desafiadora. O brasileiro avançou para a final com o tempo de 3:44:80, ficando em terceiro lugar no geral e em segundo na sua bateria, uma das mais disputadas. O grande destaque das eliminatórias, o romeno Catalin Chirila, quebrou o recorde olímpico, mas foi surpreendentemente eliminado, deixando o caminho aberto para uma final acirrada entre Isaquias e seus adversários.
Do quinto ao pódio
Na final, o brasileiro começou a prova em quinto lugar, mas manteve um ritmo constante e firme, conseguindo ganhar posições ao longo do percurso. Ele terminou atrás do alemão Sebastian Brendel, tricampeão olímpico, e do tcheco Martin Fuksa, ambos reconhecidos por seu alto desempenho na canoagem. A prata de Isaquias veio como resultado de grande esforço, refletindo sua determinação e habilidade em uma prova que exige força, técnica e resistência.
O novo pódio reforça a posição do baiano como um dos maiores atletas olímpicos do Brasil. Além da prata em Paris, o canoísta já havia conquistado ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, além de duas pratas e um bronze nos Jogos do Rio em 2016. Com 30 anos, Isaquias ainda tem a chance de expandir sua carreira esportiva, buscando novos desafios e, quem sabe, mais medalhas em futuras edições olímpicas.
Confusão e tensão na disputa do C2 500
Apesar do final feliz na disputa individual, o caminho de Isaquias rumo ao pódio em Paris não esteve livre de tensões. Na quinta-feira (8), ele disputou a final do C2 500m ao lado de Jacky Godmann, mas a prova foi marcada por uma confusão no placar que gerou apreensão entre os atletas. Com uma chegada apertada, o telão inicialmente exibiu uma classificação incorreta, trocando as posições do segundo e terceiro lugares.
O placar equivocado indicou que os húngaros Adolf Balazs e Jonatan Hadju haviam conquistado a prata e a dupla de atletas neutros Zahar Petrov e Alexei Koravashkov o bronze. Após cerca de um minuto, o resultado foi corrigido, atribuindo a prata aos italianos Gabriele Casadei e Carlo Tachini e o bronze aos espanhóis Diego Dominguez e Joan Moreno.
Desfecho da dupla
Esse breve, mas tenso, período de incerteza afetou todos os envolvidos, o italiano Tachini descreveu o momento como “segundos que duraram para sempre”. Isaquias e Jacky terminaram a prova na oitava colocação, um resultado abaixo das expectativas da dupla, especialmente após a boa performance em Tóquio 2020, quando ficaram em quarto lugar.
A confusão no placar foi uma camada extra de drama à já intensa competição e se tornou um dos episódios mais comentados do dia e fica como mais um capítulo escrito na história dos Jogos de Paris 2024.
Acompanhe notícias sobre as Olimpíadas no X (antigo Twitter):
Tweets by Olympics